terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Kittin is high

Pra quem gosta, abaixo vai o novo da Miss Kittin. Pra quem não conhece eu recomendo: é dançante, debochado, divertido.

http://rs111.rapidshare.com/files/81886820/Miss_Kittin_-_Batbox__2008__by_e-track.zip

A respeito do novo disco, ela diz: "‘BatBox' é uma redenção. Foi como abrir uma janela para novas percepções, não com os olhos, mas pela intuição, assim como os morcegos e gatos fazem", diz ela no texto de divulgação do disco. As artes dos encartes e capas ganham assinatura do cartunista Rob Reger, criador da personagem Emily Strange, de quem Miss Kittin é megafã. Abaixo, a capa do CD:

Mais declarações da Kittin e informações do disco aqui ou no site cheio de mocergatinhos aqui

Amy, amy, amy...

Descobri Amy Winehouse em um Brit Awards e fiquei impressionada com a voz, mas antes com o cabelo e tatuagens e maquiagem, o visual, enfim. Gosto bastante e acho muito que a rehab é a solução, não porque sou boazinha, mas porque vê-la calada seria um desperdício. Como bem diz em Fuck me Pumps: "without girls like you will be no fun ". Maridos presos à parte, vídeos usando (muitas) drogas na outra parte, Mrs. Winehouse continua em voga e na Vogue, encarnada por Isabeli Fontana. Sai na edição da revista francesa de fevereiro e você vê aqui com exclusividade uma das fotos por Peter Lindbergh.

Para olhar as modas

Tá rolando uma batalha interblóguica em disputa do melhor do street style ao redor do mundo. Graças a isso, achei blogs ótimos da dita moda de rua. Tenho planos de fazer um da moda do Rio. Focar-me nessa diversidade que encontramos aqui e em como as diferentes linguagens dialogam entre si: é o playboy surfista influenciando o funkeiro e vice-e-versa. É engraçado ver isso em atitudes, gírias e é até dispensável dizer, no modo de vestir-se. Divagações à parte, a quem interessar clica aqui, vota no favorito ou simplesmente, como dizia a minha avó ao sentar-se em sua cadeirinha no portão, dá uma olhadinha nas modas.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A minha referência para Chloë Sevigny, quando assisti "Meninos não choram" era "aquele do Kids" - espécie de filme proibido pelos pais, por conter cenas explícitas de sexo e drogas entre adolescentes. Hoje em dia, Chloë, que foi até estrela Ellus é trend setter das grandes e ganhará em março uma coluna respondendo perguntas dos fãs na Elle inglesa, onde estampará a capa. No mesmo mês, a linha com a sua assinatura chegará as lojas Selfridges. É esperar pra ver qual será a da marca. A da capa, já dá:


Mengão x São Paulo

Esse ano acompanhei com mais afinco as duas semanas de moda do Rio e de São Paulo. Não venho com essa de que “sou fashion desde a barriga da mamãe” ou “minha avó costurava e eu sempre brinquei na máquina” e etc etc etc. Minha relação com a moda sempre foi a de ter a noção do quão nos traduzimos através do que vestimos. Desde meus tempos de roqueirinha de preto da adolescência aos de riponga de sandália de couro na faculdade. E a verdade é que me emocionei poucas vezes nessas semanas. A excitação ficou mais por conta da sensação do “o que está por vir” do que pelo “o que veio”, efetivamente. Xadrezes, franjas, lenços no pescoço, alguma transparência, xadrezes, referências aos anos 20, 60, 70, 80, xadrezes, lenços no pescoço... Me encantei com algumas ambientações, algumas idéias e sacadas criativas, mas não me arrepiei. Hoje em dia, com um pouco mais de conhecimento acerca do caimento e modelagem, vi modelagens bem bonitas e caimentos impecáveis. Desejei algumas peças desfiladas, mas não desejei tê-las criado. Desejei desfilar com elas por aí, mas não na minha passarela. Sobre a rivalidade Rio x Sampa, percebi que a predileção pelos paulistas não é à toa. Tiveram lá mais “grandes nomes” que nós cariocas, fizeram mais barulho e na minha opinião, apresentaram os melhores desfiles. Gisele no Rio fez barulho somente na discussão de sua imagem desgastada e a dependência da Colcci por sua figura. Polêmicas à parte me arrepio mais com um jogo Mengão, mas o gol foi do São Paulo (Fashion Week).




terça-feira, 22 de janeiro de 2008

aula na Scola

Assisti ao "Baile" do italiano Ettore Scola. Sem diálogos e com repetição de atores em diferentes papéis, o filme com danças e atuações primorosas de artistas desconhecidos acompanha o contexto político-social europeu da década de 1930 até a de 80. Além das questões comportamentais, trata de questões como solidão ou a busca pelo par perfeito. A expectativa por qualquer diálogo é somada no decorrer do filme, pela expectativa por acontecimentos. Qualquer situação, seja histórica ou "humana" que seja familiar, não é mera coincidência. O modo sutil de ultrapassar os anos - através da fotografia na parede - é tradução de que os personagens ali presentes são representantes diretos do que virou registro. Já disse antes a respeito de artistas acompanhando traços de suas épocas e todo mundo sabe que a roupa são “companheiras” também, esteja você dançando sozinho ou com alguém. É lição pra se fazer na Scola e eu recomendo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Kate More

Kate Moss começou ontem a comemorar seus 34 anos, com a proposta de que durasse 34 horas. A top just can´t get enough começou ontem com a abertura de uma champanha em uma suíte cuja diária custa 80 mil pilas... Não ficou bem na foto, não, hein Kate?!



Poster do filme de Sex and the City

Taí o que será o poster do filme de Sex and The City, que estréia dia 30 de maio nos Esteites. Rosa combinado com preto faz um contraste ótimo! =)





quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Depois daquele Swinging

Swinging London foi o nome dado a efervescência cultural e de costumes ocorrida na segunda metade da década na Inglaterra.“Swinging”, com a conotação de moderno, descolado, foi utilizado pela primeira vez por Diana Vreeland, na época, editora-chefe da Vogue. Outra revista, no entanto, a Time, ligou o nome à cidade ao celebrar o lançamento de uma rádio pirata local com conteúdo dedicado aos jovens de nome Swinging Radio England. Nos diz o Wikipédia: “esta foi a época em que a Inglaterra, com seu centro nervoso londrino, lançou ao mundo os mais importantes nomes da música, cinema, artes plásticas e teatrais, moda e comportamento”. Mary Quant, os Beatles e os Rolling Stones são apenas alguns nomes. O movimento, no entanto, não foi exclusivo à Terra da Rainha: Andy Warhol, Glauber Rocha e Antonioni são representantes que também se "movimentaram". Ao meu ver, revoluções de idéias, revolucionam a maneira como as idéias são descritas e influenciam uma geração que influencia a geração posterior. Tal qual artistas plásticos, quem escreve acompanha o "traço" natural de sua época. Somos sim inflenciados pelo que nos antecedeu, no entanto atuamos em consonância ao que vivemos. É como a brincadeira de "vivo e morto" da infância. Mas nesse caso, o morto (nem tão morto assim) atua e brinca diretamente com o vivo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Móveis Coloniais de Brasília

A banda que mistura em seus integrantes designers, um doutorando de Harvard em economia, um bacharel em Ciências Biológicas, fãs da novela Vamp e etc e tal, só podia ser minimamente interessante. Mas a banda, que é um bando, na verdade, vai além. É divertida e bem humorada e a mistura de ska com rock, muito bem feita. O show traduz muito bem esse espírito. O bando dança (sem parar) danças malucas e engraçadas e contagiam todos os presentes. O público vai de ripongos de dreas à indies descolados com seus all stars coloridos. Mistura daqui, mistura de lá: Móveis Coloniais de Acaju não é Neston, mas é mistura que dá gosto. Eu bebo e reCOMENDO.

"Existe uma estética a ser seguida"

No Jornal do Brasil desse domingo, no caderno Cidade, saiu uma entrevista com Eloysa Simão, idealizadora do Fashion Rio. Questionada a respeito da manifestação dos modelos negros, disse o seguinte: " - Sou contra qualquer tipo de cota. Até porque, se formos começar por aí, daqui a pouco teremos cota para ruivos. Além do mais, não posso intervir na escolha do casting. Existe uma estética a ser seguida." Alguém aí falou de cotas?!

Algo de novo de front

Deparei-me com a ótima notícia no site do SPFW que será criado, agora na semana do evento, o MySPFW, espécie de orkut do mundo da moda. Já existe o Iqons nesses moldes, mas em terras brasilis (tão Mussum isso!) é novidade. Além disso, a partir do MySPFW, os fashionistas terão acesso ao FWBLOG, um blog coletivo, ou seja, as pessoas poderão participar efetivamente, enviando conteúdos e comentando e etc e tal. Já disse antes sobre a seriedade do tratamento que blogs de moda vem recebendo (noticiando a exposição virtual e/ou real), e essa, em meio a outras, é uma informação confirmadora. Falei também de reações antes (noticiando a exposição virtual e/ou real). Reagimos ao que vemos, ouvimos, comemos. Acho bem bacana que haja espaço para além de reagir à leitura, expressar. É quase como responder aquelas cartinhas ao autor de "o que você achou do livro?" existentes nos livrinhos de colégio. Só que nesse caso, os leitores respondem mesmo (ou não)...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Passarela negra?!

Ontem no Fashion Rio rolou uma manifestação de modelos negros que protestavam contra a falta de espaço no mercado. No JB, li o depoimento de um rapaz que está há oito anos no ramo e NUNCA desfilou no evento! Em reportagem na TV acerca do assunto, Mara Mac falou da preferência de alguns estilistas por modelos brancas. Na mesma reportagem, falou-se da predileção dos negros para desfiles da primavera-verão. Em tempos onde tanto se discute e se defende uma moda genuinamente brasileira, esse espaço diminuto dedicado aos negros é tradução de como estamos ainda agarrados ao modelo europeu. E digo mais, agarrados também a um racismo tão enraizado que faz as vezes de inexistente, mas que só se afirma quando de situações assim. Eu me envergonho... Especialmente pela falta de valorização do nacional, pela necessidade de um reconhecimento internacional quando aqui, esse é tão pequenino. Já ouvi que esse meu discurso é pré-estabelecido, mas ao meu ver, "estabelecido" aqui, são uns valores discursados, mas que não existem na prática! É o famoso "falar é fácil"... Espero mesmo que a nova safra de estilistas, com todo a aura de novidade, inovem em algo que deveria dispensar manifestações, porque poderia ser um fato nas passarelas... Do contrário, vai ser bossa nova velha demais...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Hel-looks

Adoro sites e fotologs da dita "moda de rua". Achei esse de Helsínquia, cheio de pessoas agasalhadas e estilosas! Que usam e abusam da mistura de grifes e brechós. Se antes a minha única referência do lugar era a banda fofa Architecture in Helsinki, descobri com a ajuda da querida Wikipedia, que é a capital da República da Finlândia, a maior cidade do país e que em 2000 foi eleita a Capital Européia da Cultura. Essa fofa aí de baixo comprou o casaco na Zara, mas mudou os botões porque eram marrons! Adorei a mistura mangueirense:

O japinha tá ótemo com a skinny mostarda - será que as pantalonas matarão as skinnys pra sempre?! =(

Por falar no fim das skinnys, Eliza Conde é pró-pantalona como se viu no desfile de ontem do Fashion Rio:
A quem interessar:
Um clipezinho do Architecture de animação fofa:

Ex-posição

Para começar os trabalhos, acho digno escrever sobre a exposição de trajes, já exibidos antes ou não, que datam do século XVIII e vão até os dias de hoje, presente no Metropolitan Museum of Art, de NY. A informação de uma exposição de roupas não é lá tão novidade assim. O “além” da questão está na informação de que concomitante à exposição do Museu, as peças estão expostas em um blog e dispostas a receberem comentários dos visitantes. No Museu, computadores instalados ao lado de cada peça, permitem também que o espectador se manifeste. São tantas informações e emoções nas entrelinhas que fico feliz de estar vivendo esse momento lindo... Além do reconhecimento do blog como veículo de informação, há a legitimidade e valorização dessa informação. Além disso, como o próprio texto explicativo* da mostra propõe, citando Virginia Woolf -“vãs futilidades como podem parecer, as roupas… mudam nossa visão do mundo e a visão que o mundo tem de nós”-, o espectador reage a uma peça de roupa, pois ela está tão dotada de significados quanto um quadro de Picasso. O texto fala, no entanto, que por proximidade, é muito mais comum que o espectador se ponha a opinar de maneira mais à vontade sobre um sapato de Blahnik do que sobre a tela “picassiana”. Ou seja, é um incentivo puro de encarar as possibilidades de interpretação, “é encorajar leituras subjetivas da moda”. Com um tiquinho de sensibilidade e imaginação você tira as suas próprias conclusões: arte é isso.

*Li e me emocionei com o texto explicativo traduzido no Oficina de Estilo