segunda-feira, 9 de março de 2009

Mais vale um aprendizado de vida na mão que dois tailleurs voando

O texto abaixo foi um exercício do curso de Jornalismo de Moda, inspirado em um designer cujo nome foi-se com a memória, que escreveu um livro dedicado a narrar "coisas que havia aprendido com a vida". Nesses moldes, nos dedicamos a "o que aprendemos com a moda até hoje". A reflexão foi válida e eu recomendo. Lá vai:
Odeio listas. Sempre acho que a disposição dos itens corresponde ao nível de importância/ desimportância que cada um representa em nossas vidas. Não consigo ter o desprendimento de simplesmente localizá-las sem pensar que a primeira é mais relevante que a última ou vice-versa Por isso me utilizarei da maneira que me isenta desse martírio. Discorrendo, sem pontinhos crescentes ou decrescentes.

O que eu aprendi com a moda até hoje? Aprendi a olhar as coisas de maneira diferente, processo naturalmente comum quando nos dedicamos a certo campo de conhecimento. Olho pessoas, filmes, objetos, pinturas de maneira diferente. De maneira mais estética, sem esquecer minha formação anterior – a "histórica", que não cheguei a completar.

Tento fazer com que as coisas as quais me dediquei em toda vida se emaranhem, se completem e ganhem sentido. Aprendi que apesar de moda ser moda e arte ser arte, é possível que uma peça de roupa tenha todo um conceito extraordinário por trás de uma maluquice, assim como essa última, geralmente mais respeitada que a primeira. E eu posso respeitar conceitos artísticos sem apreciá-los. Dessa forma, me dispo de preconceitos na hora de respeitar e geralmente apreciar a moda. Aprendi a ficar bastante instigada a descobrir o conceito, a enxergar referências. Entendo "referência" de outra forma, hoje em dia. Entendo que tudo é referência e que essa nos move. Em tudo: trabalhos, textos, no vestuário e até mesmo em pequenices como na decoração de uma árvore de Natal, por exemplo. Aprendi que essas referências se refletem nos códigos de comportamento. Está no agir, no pensar, no falar, nos modus, enfim.

Aprendi que o aprender nunca esgota, mas isso foi antes da moda, antes da História. Provavelmente foi uma das primeiras coisas que aprendi. Enumeradas em parágrafos, sem pretensão de estima e resumidamente, isso foi o que aprendi até aqui com a moda. Óbvio que hoje sei diferenciar um prêt-à-porter de uma alta costura. Sei que Yves Saint Laurent deixou um legado incrível e que Ronaldo Fraga é poesia quase sempre. Mas o que escolhi para elucubrar meus pensamentos vai além de um conhecimento técnico

Por último, mas não menos importante, por favor, aprendi que a moda é uma paixão dessas que me surgiu sem que eu esperasse. Não como aquelas paixões cultivadas desde o berço. Essas, apesar de bonitas e de renderem histórias compridas de amor, já não existem mais. Nesse império do efêmero, me apaixonei repentinamente, mas espero que de paixão, se converta num amor maduro. Desses que já não existem mais.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Simplesmente Mulher

Tantas, sou só uma e sou tantas
Sou devassa e sou santa
Recatada e vulgar
Louca,tão centrada e tão louca
Degustando em tua boca
As delícias de amar
Me respeita e me abusa
Me ame como quiser
Simples demais ou confusa
Sou simplesmente mulher

Lidas até que são boas, mas ouvidas, as palavras acima ficam bem melhores. Trata-se de uma composição de Silvia Machete, figura divertida, debochada e bamboleônica. Sim! Ela dança com bambolês no show! Suas letras falam do universo feminino, dilemas e relacionamentos. A cantora divide-se entre Rio de Janeiro e Nova York. Sua idumentária se resume quase sempre a um vestidinho melindrosa vermelho, um apetrecho no cabelo e uma sandália alta. Já que Amy Winehouse virou tão rapidamente referência, podemos dizer que temos a nossa Amy! Com mais malemolência e equilíbrio, no entanto. Afinal, não é nada fácil bambolear!

Mais no myspace ou no site cheio de trocadilhos de Silvia.
Abaixo, Silvia Machete e Nina Becker num hino das meninas saidinhas:


quinta-feira, 5 de março de 2009

Vai pagar quanto?

A crise taí, minha gente. E uma boa saída é parcelar sem juros. Além dessa facilidade é bom contar com o tal BBB, que muito mais interessante que Big Brother Brasil, é bom, bonito e barato. Nem sempre bom, mas ultimamente bonito e sempre barato ou ao menos, mais em conta. Falo de grandes lojas como C&A, Renner, Marisa, Leader e Riachuelo. Sempre comprei nessas lojas, aliás. Sou total de acordo com o “Hoje vou assim OFF”. Não ligo mesmo de responder aquele "é da C&A" quando comentam que meu vestido é legal.

Atualmente, a preocupação dessas magazines com uma consonância com as tendências é cada vez mais forte. Estão nas araras o xadrez, o gótico, o folk, tudo que já havia sido dito aqui. É um tal de convidar modelo aqui, atriz globar acolá... De mulher pra mulher, vale à pena ter o seu estilo, ir de encontro com todos, usando e abusando da criatividade e das facilidades. Abaixo, dois looks Marisa e dois looks Riachuelo, extraídos do Chic:




quarta-feira, 4 de março de 2009

Diamandas on the inside

O Ronca Ronca é um programa de rádio cujo conteúdo propõe “o melhor da música no mundo e outros delírios. Entrevistas, histórias e comentários perspicazes de quem entende do assunto”. Apresentado por Maurício Valadares, dj cascudo da cena, acontece todas as terças, às 22 horas na Oi Fm, rádio que substituiu a finada rádio “rock” Cidade - o “rock” era bem entre aspas mesmo. Além de ser uma boa companhia na viagem de volta da faculdade, o programa atende muito bem a proposta. O resultado é divertido e interessante. Uma mistura de samplers diversos com pérolas musicais. Ontem chamou em especial atenção, uma tal de Diamanda Galás e lá fui eu buscar a imagem da que lembrou-me, ao menos em seu vozeirão, Amy Winehouse. A sua figura é mais sombria que essa, no entanto. Uma coisa mais “diva-das-profundezas-com-mão-de-fogo-e-maquiagem-travesti”. É uma imagem meio saída de um filme de Almodóvar. A música é jazz, blues. Gritada, por fim e eu adorei.

Gritos e blues



Na Oifm dá pra ouvir os Ronca roncas anteriores ou o que tá rolando na hora;

Mais gritos no myspace da cantora.

terça-feira, 3 de março de 2009

Prêmio GG


Ganhei esse fabulous mimo da Fabulous Teacher. Como nem tudo é de graça nessa vida, o troféu joinha impõe 4 regras:

1. Listar oito coisas que sonha em fazer nesta vida;
2. Convidar oito parceiros de blogs amigos para também responder;
3. Comentar no blog de quem nos premiou;
4. Avisar aos "parceiros jóias" para também responder.

Sonhos jóias, sem ordem crescente de importância:
1. Trabalhar com pesquisa de tendências, com jornalismo de moda e/ou escrevendo (história da moda, história, contos);
2. Ganhar dinheiro fazendo isso;
3. Me formar e fazer pós, mestrado, doutorado;
4. Aprender, aprender e aprender;
5. Viajar, viajar e viajar;
6. Plantar um livro;
7. Escrever um filho;
8. Ter uma árvore.

Parceiros GG (joinha, joinha): The Routine, Bainha de Fita Crepe, De Pretinho Básico, Fábrica de Moda, Pepper in Fashion, Fashion Roll, Meu Fashion é Esse, Meninas da Chocolate

Capitalismo selvagem

A ex-toriadora agora com intuito de conciliações voltou ontem para seu objeto de estudos. Nada se perde nessa vida e naturalmente que os aprendizados colhidos nesses últimos tempos, vindouros da “Vogue”, se encaixam perfeitamente com os barbudos alemães. Numa aula sobre Imperialismo e Expansão Colonial depois de um vai-e-vem sobre a implementação do capitalismo e suas estruturas, falou-se sobre coisas colocadas como ultrapassadas em determinadas épocas e depois como modernas em outras. Foi o momento do “Opa! Pára tudo!”, afinal das contas, estamos cansadas de ouvir falar em revivals, não é mesmo? Além disso, em meio a Marxs e Lacans, falou-se do consumo sem necessidade real, que é comprar 3 camisas sem que se precise exatamante dessa quantidade ou ainda consumir "uma" marca. Esse discurso em muito se encaixa na discussão super recorrente de nossos dias, a respeito do mercado de luxo e o reflexo direto da crise sobre ele. Vale (à pena) ver (de novo) a reportagem do Jornal Hoje a respeito.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Feliz ano velho!

A purpurina teimosa já saiu do corpo, a serpentina e o confete já foram varridos da cidade e o clichê los hermânico “todo carnaval tem seu fim” habita comumente todos nicks e subnicks por aí. Agora é pensar em reforma ortográfica, crise econômica, Barack Obama e começos. Afinal, começo de ano é assim. Ou recomeço, tanto faz. Pensando nisso pesquisei uma série de cursos de extensão de áreas e propostas diversas, com preços em sua maioria, salgadinhos, mas válidos pelo conteúdo, o(s) contato(s) e a rápida duração. São investimentos, enfim. Além do mais, o mercado exige um profissional constantemente atualizado e os cursos são ótimas opções para o tal. Seguem abaixo os links do garimpo:
Opções interessantes:
Megatrends : analisa-se a moda e os modismos através de imagens de vitrines e editoriais, informações sobre comportamento, e da avaliação das relações de consumo em geral. Ministrado por Paula Limena que é cientista social, graduada em Marketing, com especialização em Fashion Marketing e Merchandising pela Parsons School of Design. É membro do corpo docente do IED - Istituto Europeo di Design. Data:08/05/2009 a 09/05/2009. Horário:dia 08 das 14:00h às 21:00h dia 09 das 9:00 às 16h30min. Local:Hotel Promenade Visconti – Rua Prudente de Morais, 1050 – Ipanema, Rio de Janeiro.
Mais do que mil palavras: traduzindo idéias em imagense ministrado por Alberto Renault - O objetivo da oficina é mostrar a evolução de diversos processos criativos. Como uma idéia pode ser traduzida em imagens? Como transformar em imagem o conceito de uma marca? Como traduzir em imagens contemporâneas uma ópera do século XIX? Literatura, Televisão, Teatro, Moda - todos os suportes são possíveis para uma discussão estética. A oficina pretende pensar e discutir a prática da criação de espetáculos, desfiles, fotografias e textos.
E vocês? Começando e terminando o que? Ou REComeçando?! Já falamos da dor e a delícia de ser "ex" aqui.