Assisti ao "Baile" do italiano Ettore Scola. Sem diálogos e com repetição de atores em diferentes papéis, o filme com danças e atuações primorosas de artistas desconhecidos acompanha o contexto político-social europeu da década de 1930 até a de 80. Além das questões comportamentais, trata de questões como solidão ou a busca pelo par perfeito. A expectativa por qualquer diálogo é somada no decorrer do filme, pela expectativa por acontecimentos. Qualquer situação, seja histórica ou "humana" que seja familiar, não é mera coincidência. O modo sutil de ultrapassar os anos - através da fotografia na parede - é tradução de que os personagens ali presentes são representantes diretos do que virou registro. Já disse antes a respeito de artistas acompanhando traços de suas épocas e todo mundo sabe que a roupa são “companheiras” também, esteja você dançando sozinho ou com alguém. É lição pra se fazer na Scola e eu recomendo.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
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2 comentários:
Coincidência pouca é bobagem. Mamãe acaba de me falar sobre esse filme que passou, está passando ou vai passar no Telecine e eu TENHO que assistir.
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