Para começar os trabalhos, acho digno escrever sobre a exposição de trajes, já exibidos antes ou não, que datam do século XVIII e vão até os dias de hoje, presente no Metropolitan Museum of Art, de NY. A informação de uma exposição de roupas não é lá tão novidade assim. O “além” da questão está na informação de que concomitante à exposição do Museu, as peças estão expostas em um blog e dispostas a receberem comentários dos visitantes. No Museu, computadores instalados ao lado de cada peça, permitem também que o espectador se manifeste. São tantas informações e emoções nas entrelinhas que fico feliz de estar vivendo esse momento lindo... Além do reconhecimento do blog como veículo de informação, há a legitimidade e valorização dessa informação. Além disso, como o próprio texto explicativo* da mostra propõe, citando Virginia Woolf -“vãs futilidades como podem parecer, as roupas… mudam nossa visão do mundo e a visão que o mundo tem de nós”-, o espectador reage a uma peça de roupa, pois ela está tão dotada de significados quanto um quadro de Picasso. O texto fala, no entanto, que por proximidade, é muito mais comum que o espectador se ponha a opinar de maneira mais à vontade sobre um sapato de Blahnik do que sobre a tela “picassiana”. Ou seja, é um incentivo puro de encarar as possibilidades de interpretação, “é encorajar leituras subjetivas da moda”. Com um tiquinho de sensibilidade e imaginação você tira as suas próprias conclusões: arte é isso.
*Li e me emocionei com o texto explicativo traduzido no Oficina de Estilo
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
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2 comentários:
uau, safadissima !!!legal ...hahaaa
Muito bom! Assim todo mundo ganha: os estilistas - defumados ou não -, o museu, o público, a Virgínia, o Picasso. Afinal, a intenção do artista só existe para ser mandada pra casa do picasso - pra não dizer outra cousa e poluir o blog da coleguinha.
Beijo e sucesso!
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