segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Peguei um Taxi Driver

Finalmente vi por completo "Taxi Driver", de Martin Scorsese. Perseverei de fronte a TV esperando a sanguinolência acontecer. A espera é de cerca de uma hora. Essa demora, a meu ver, segue o processo pelo qual o insone Travis - Robert De Niro aos 15 anos de idade -, passa no decorrer da narrativa. O silencioso e esquisitão motorista de táxi reage de maneira cada vez mais agressiva às violências em sua volta. Antes, quase neutro, depois, enlouquecido com a idéia de tirar uma prostituta de 13 anos - Jodie Foster aos 5 anos de idade - da rua e de combater pessoas que considera todas iguais em suas vidinhas tão solitárias quanto a dele. No meio do caminho, tenta um envolvimento com Betsy - Cybill Shepherd com 14 -, mas fracassa porque a leva para um cinema pornô, uma de suas poucas distrações. Análises roterística à parte, o figurino me chamou bastante atenção: Travis é do interior, pacato e monossilábico - estudos comprovam que esse é um perfil comum de homicida. Faz o tipo durão e usa xadrez, bota de couro e casacos militares. Betsy, encantadora militante política, usa vestidos românticos, marcando a cintura e estampas psicodélicas. Íris, a prostituta, usa pantalona, óculos coloridos, shortinhos cintura alta e babados. Essa minha análise descritiva só serviu para dizer que o figurino traduz as referências utilizadas em releituras tão recorrentes aos anos 70, afora o já falado country.
Cinto marcando a silhueta

Ele de xadrez, ela psicodélica

Oncinha, xadrez e riponguice


Estrato de tomate é sempre tendença


Mais informações:

. O filme é de 1976 e concorreu a vários Oscars, dentre eles "Melhor Ator" para De Niro," Melhor Atriz Coadjuvante" para Jodie Foster, na época com apenas 12 anos, "Melhor Diretor" e "Melhor Filme".

. Bernard Herrman, conhecido pelo seu trabalho com Alfred Hitchcock, foi o responsável pela trilha, a última de sua vida.

. Mais aqui e/ou aqui

2 comentários:

Anônimo disse...

robert de niro não tinha 15 anos de idade, jodie não tinha 5, etc.
cuidado com o que escreve!

Priscila de Oliveira disse...

o anônimo "não tinha" noções do recurso irônico...