quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Os dispostos se atraem

Em uma coleção, geralmente existe uma proposta. Por exemplo, formas arredondas, drapeados, modelagens largas. Nem sempre a proposta de um, condiz com as propostas dos outros, mas o que se vê comumente é uma harmonia de idéias, já que existem pesquisas e pesquisas de tendências ou o que muitos criadores chamam de inconsciente coletivo. Nos desfiles das últimas estações, vimos calças pantalonas como uma dessas indicações do que voltaria à moda, o que foi o suficiente para que análises contrastassem essas com as calças skinnys e anunciassem o seu fim.

As calças pantalonas são associadas ao movimento hippie, cujo ideal de liberdade em muito combina com os movimentos soltos e o conforto. Já as skinnys, modelos sequinhos usados bem apertados, são associadas a um visual mais rocker, tendo ícones do estilo musical como fiéis usuários. Iggy Pop e Mick Jagger são dois deles. Isso significa que devemos queimar nossas skinnys e rechear o guarda-roupa de pantalonas? Não exatamente. O anúncio de que algo está em voga e na Vogue não significa que o seu “equivalente contrário” sairá naturalmente de moda. Os contrastes convivem pacificamente.

As celebridades, espécie de sugadoras de tendências, ajudam a divulgá-las e dessa forma profetizar o que deve ser usado. E foi só as pantalonas desfilarem toda a sua leveza e movimento nas passarelas, para famosas como Katie Holmes e Mary Kate Olsen exibirem suas “soltinhas” para os paparazzis por aí. No entanto, apesar da maior proximidade do consumidor com os ídolos (atrizes, cantoras), do que com as modelos, que mais se parecem seres de outra esfera, a verdade é que tanto as larguinhas quanto as apertadinhas não caem bem em qualquer tipo de silhueta. Pantalonas ficam melhor naquelas de pernas compridas e as skinnys nas com quadris estreitos. A outra verdade é que skinny ou pantalona, cós baixo ou cós alto, reta ou boca-de-sino, o importante é autenticidade e bem estar, que não saem de moda e não são incomodados por paparazzis. E, além disso, é importante usar e abusar de contrastes sem precisar escolher uma coisa só. Ou não.


Estou cursando Jornalismo de Moda com a Iesa Rodrigues e o texto acima foi desenvolvido como trabalhinho de casa. Ela passou desenhos e as respectivas nomenclaturas de cada tipo de calça, dando um apanhado geral de suas histórias. Além de informativo, é super útil para quem se propõe a escrever sobre moda e eu já comecei a analisar os looks de maneira mais "da moda", digamos assim. Garimpando por aí, encontrei um glossário têxtil igualmente útil, com mais descrições e história e além disso, no próprio espaço da Iesa, o Estilo Iesa, tem glossário com direito a pronúncia e possíveis biquinhos.

5 comentários:

Claudia Pimenta disse...

oi priscila! é, vc tem razão - nada como um bom texto! e adorei o seu! aproveite bem a papisa da moda que está lhe dando o curso: ela é dez! bjs, querida!

Verson Souto. disse...

Adorei o seu texto...fez certinho o trabalho de casa, vai tirar 10!


Mudando de assunto...
ADORO a Clarice L. ela é uma das minhas autoras favoritas!

Abraços

Tássia Rebelo disse...

amei o texto *.*

Helena Castro disse...

ADOREI seu texto!!!!! e concordo com vc, hoje em dia não é pq um modelo está mais em evidência que o outro extremo sai de moda. acho a moda super democrática e o caminho é a gente buscar nosso estilo próprio, vestir aquilo que a gente se sente bem e pincelar as novas tendências.

depois conte mais do seu curso aqui!

beijos, helena

Anônimo disse...

Muito bom!!!
Adorei! É ótimo ver um blog com conteúdo pra variar. :)

Te linkarei também!!!

Vou vir aqui sempre!
Beijos pra irmã da minha sósia! :****